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Transformar os rejeitos sólidos urbanos em fonte de energia elétrica. Essa é a proposta da URE VALORIZA SANTOS – Unidade de Recuperação Energética, um empreendimento da empresa Valoriza Energia, em consonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), para a destinação final dos resíduos de 7 das 9 cidades da Baixada Santista, um montante considerável que equivale a 2 mil toneladas/dia.
Levando em conta que todo esse material, hoje, é depositado no Aterro CGR Terrestre Ambiental, em Santos, local que se encontra próximo do seu limite máximo de operação, a termovalorização dos resíduos surge como uma alternativa importante e ambientalmente correta para solucionar de vez a problemática da destinação do lixo, uma realidade não apenas da Região, já que o esgotamento das áreas de aterro pode ser visto por todo Brasil.
Pioneirismo na união de esforços
Com forte investimento em tecnologia, a Unidade de Recuperação Energética agrega o know how da Terrestre Ambiental no quesito gerenciamento de resíduos, com a expertise da Ribeirão Energia em desenvolvimento de projetos de geração e cogeração de energia elétrica à base de biomassas renováveis, totalizando hoje mais de 500 MW instalados em termoelétricas no Brasil e países da América Latina.
Dessa união, surge no Brasil um método inédito de tratamento de resíduos sólidos urbanos (RSU), o Biotunel, tecnologia que permite utilizar o mesmo sistema de combustão das caldeiras de biomassa, com alteração apenas no projeto do grelhado, cuja queima se dá por suspensão. É neste local, projetado em concreto, com controle automático de temperatura e biofiltros que impedem a formação de odores, que os rejeitos passam por um processo de biosecagem e redução de massa.
Entenda como vai funcionar
Injetando oxigênio nos biotuneis, os próprios microrganismos do RSU fazem a degradação do material orgânico, resultando num produto final com redução de umidade e totalmente estabilizado. Na sequência, esse material tem suas dimensões reduzidas através de picadores, resultando em CDR (combustível derivado de resíduos),que segue para as caldeiras térmicas para gerar energia elétrica. Por tanto, a URE Valoriza Santos irá queimar CDR nas caldeiras da termoelétrica.
URE não é Incinerador. Isso é desinformação, é FAKE NEWS!
Não é possível aceitar que o empreendimento seja considerado um incinerador de lixo, uma vez que a incineração tem como função apenas a eliminação do lixo – reciclável e não reciclável, sem nenhuma forma de tratamento específico. Já o projeto da URE prevê a recuperação energética do rejeito, gerando um produto com valor agregado, num processo que tem controle ambiental rigoroso e absoluto dos gases e odores, impedindo contaminação da atmosfera e proliferação de pássaros e animais vetores. É a termovalorização de um material que seria aterrado.
Durante o processo de tratamento do RSU e transformação em CDR, haverá a segregação automatizada de materiais ferrosos e não ferrosos e vidros, por exemplo, que, posteriormente, serão destinados a reciclagem. A URE contará, ainda, com equipamentos de detecção de material radioativo instalados antes do início do processo.
Tratamento dos gases
Os investimentos da Valoriza Energia vão além da geração de energia, pois é preciso um criterioso controle dos gases para não comprometer a atmosfera, uma vez que o tratamento térmico do RSU contém substâncias que não podem ser liberadas diretamente no Meio Ambiente.
Ciente da sua responsabilidade, a Valoriza vai encaminhar todos os gases gerados na queima do combustível na caldeira para um sistema de tratamento de gases com tecnologia alemã, capaz de proporcionar soluções ecologicamente sustentáveis para a captação de particulados e limpeza dos gases poluentes, as mesmas empregadas nas plantas térmicas europeias.
Exemplos pelo mundo
Com a implantação da URE Valoriza Santos a Baixada Santista vai ficar na vanguarda da termovalorização dos resíduos sólidos urbanos, um pioneirismo visto apenas no Brasil, pois as UREs se constituem pelo mundo desde o início da década de 60. Hoje, elas somam mais de 2.430 unidades em operação em países como Estados Unidos, Japão e diversas localidades da Europa, onde são consideradas fontes de geração de energia limpa.
Principais vantagens da URE Valoriza Santos:
– LOGÍSTICA INTEGRADA: A URE vai ser construída na mesma área do Aterro CGR Terrestre, facilitando a destinação final das cinzas inertes (cerca de 10% do volume final total dos resíduos), resultante do processo de termovalorização;
– AUMENTO DA VIDA ÚTIL DO ATERRO: Após a termovalorização do RSU, haverá redução do volume em até 90%, ou seja, além de gerar energia, o empreendimento vai ajudar a aumentar consideravelmente a vida útil do aterro sanitário;
– SOLUÇÃO AMBIENTAL SEM CUSTO PARA OS MUNICÍPIOS: Para viabilizar um empreendimento nos moldes de uma URE é preciso um grande aporte financeiro. No caso da URE VALORIZA SANTOS, a unidade irá atender os municípios de Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Guarujá, Cubatão, Bertioga e São Sebastião sem que qualquer uma das prefeituras tenha que desembolsar os custos do investimento. A Valoriza Energia vai arcar com todos os investimentos;
– GERAÇÃO DE ENERGIA: A URE terá 4 módulos com capacidade para tratamento de até 500 ton/dia de RSU, cada módulo. O montante vai gerar 50 MW/hora de capacidade instalada (12,5 MW/hora por módulo). O equivalente para atender uma cidade com 250 mil habitantes;
– TERMOVALORIZAÇÃO APENAS DE REJEITOS: É fundamental citar que apenas os resíduos sólidos urbanos ‘rejeitados’ pela população e pelas cooperativas de coleta seletiva é que serão encaminhados à usina de termovalorização. Em outras palavras, a URE irá receber exatamente os mesmos rejeitos que o aterro sanitário CGR Terrestre recebe hoje. Dessa forma, não haverá prejuízo algum para os catadores e recicladores da Região. Pelo contrário, está nas premissas da empresa a promoção de ações educativas que visam incentivar a coleta seletiva.
Audiência Pública
O projeto está em análise pela Companhia de Tecnologia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) desde janeiro deste ano. No próximo dia 1 de outubro será realizada uma audiência pública virtual, às 17 horas, para apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente – EIA/RIMA.
O evento será em ambiente virtual por conta das recomendações de controle e combate a pandemia de Coronavírus. No encontro, o Consema – Conselho Estadual do Meio Ambiente – irá colher as observações dos munícipes e reportar a Cetesb que, após análise, decidirá se emite a Licença Prévia (LP) ao processo (CETESB 56/2020).
Futuramente, para o início dos trabalhos, o empreendimento ainda precisa obter a Licença de Instalação (LI) e, finalmente, a Licença de Operação (LO).
Para participar da Audiência Pública Virtual, basta acessar o endereço eletrônico www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/consema a partir das 9 horas do dia 30 de setembro e preencher um cadastro com nome completo, endereço de correio eletrônico, órgão ou entidade que representa, documento de identidade e telefone.
Já para manifestação na audiência pública é preciso seguir o mesmo procedimento, porém, se ater para o término das inscrições, previsto para encerrar 60 minutos após a abertura da reunião. As pessoas cadastradas farão parte de uma lista organizada por ordem de solicitação. No próprio endereço constam as regras para participar.
O Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA) está disponível para consulta e download nos seguintes endereços eletrônicos: www.valorizaenergia.com.br/rima ou www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/consema/audiencias-publicas-projeto-empreendimento/.
A cópia eletrônica do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) pode ser apreciado no site http://cetesb.sp.gov.br/licenciamentoambiental/eia-rima.
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